Plano Nacional de Prospeção no âmbito do CRM Act
Foi apresentado no dia 10 de julho, em workshop, os primeiros trabalhos feitos em prol do “Plano Nacional de Prospeção” no âmbito do Ato das Matérias-Primas Críticas (CRM Act).
O encontro, que juntou não apenas investigadores e cientistas, mas também empresas e indústria, ocorreu no auditório do LNEG (Laboratório Nacional de Energia e Geologia) em Alfragide.
Entre os convidados para o painel de abertura, encontrava-se Gonçalo Rocha, Presidente do Conselho de Administração da EDM – Empresa de Desenvolvimento Mineiro S.A., o qual fez nota da missão e dever da Divisão dos Recursos Minerais da empresa (antiga Unidade Mineira), no que toca ao conhecimento do território geológico, bem como o trabalho desenvolvido pela Divisão de Recuperação Ambiental, nos passivos mineiros em Portugal. Acrescentando que a prospeção de matérias-primas acarreta desafios à interpretação das comunidades regionais e locais, afirma que no país existem pessoas capazes de fazer a ponte entre a indústria e a sociedade.
Gonçalo Rocha reforçou ainda que a palavra de ordem do setor mineiro é “coesão”, com a possibilidade de gerar oportunidades várias para alavancar a economia portuguesa, ao mesmo tempo que os trabalhos hoje realizados, apresentam metodologias modernas, muito distintas e distantes das que fazem parte da memória histórica.
Cabe assim mostrar uma maior “competência, cumprimento de normas e modernização”, abrindo portas à compreensão e integração de todos, disse também o Presidente do CA.
Numa manhã pautada ainda por duas apresentações técnicas de Daniel Oliveira e Maria João Batista, bem como por uma mesa redonda com especialistas nacionais na matéria, caracterizaram-se os vários desafios existentes para a apresentação do Plano Nacional de Prospeção.
Com data prevista de entrega para maio de 2025, as dúvidas colocam-se ao nível de conhecimento técnico suficiente para elaborar modelações o mais próximas da realidade, usando-se novos meios e tecnologias. Inteligência Artificial, redes neuronais e análise estatística, devem ser equilibradas com os conhecimentos de campo, mas com atenção para as novas abordagens a serem feitas.
No mesmo sentido, foi várias vezes mencionada a necessidade de financiamento para a continuidade dos projetos e a manutenção de recursos humanos, técnicos, que começam a escassear.
Contudo, não houve qualquer dúvida em afirmar a importância do Ato das Matérias-Primas Críticas (e Estratégicas) como um documento único, resultado da insistência de alguns estados membros da União Europeia, visando a garantia de abastecimento sustentável, responsável e seguro de fontes de energia.