A obra de remediação ambiental da antiga área mineira da Cunha Baixa, a qual incluiu Valdante, consistiu nas seguintes atividades principais:
- Impedir a comunicação hídrica que existia entre o céu aberto I e a parte subterrânea da mina, promovendo-se a diminuição do caudal de água contaminada afluente do céu aberto I;
- Eliminar o potencial de reatividade, diminuir significativamente os níveis de radiometria e controlar a dispersão geoquímica e hidroquímica associada aos depósitos existentes, quer de materiais de escombreira mais enriquecidos, quer de antigas lamas de tratamento;
- Diminuir a emanação e consequente dispersão de gás radão para a atmosfera;
- Otimizar as estruturas e processos associados ao controlo e ao tratamento dos efluentes ácidos;
- Garantir a estabilidade dos taludes da escombreira mais volumosa (E1);
- Controlar o escoamento superficial em todo o perímetro da área mineira, no sentido de se diminuírem fenómenos de erosão ravinosa e afluências descontroladas de águas pluviais à zona dos 4 céus abertos existentes (I, II, III e IV);
- Melhorar as condições gerais de segurança para pessoas e animais;
- Integrar paisagística e ecologicamente toda a área diretamente afetada pela atividade mineira, bem como as zonas situadas na vizinhança imediata;
- Tratar as áreas contaminadas com solos agrícolas e;
- Promover a irrigação a jusante de áreas com aproveitamento agrícola com águas de adequada qualidade.
Esta empreitada foi adjudicada à Empreigalde – Engenharia e Construção, S.A. por 4.611.523,66 € e teve a duração de 540 dias.
O investimento realizado foi co-financiado pelo Fundo de Coesão e permitiu resolver os passivos ambientais resultantes da exploração mineira neste local, trazendo benefícios para as populações locais, através da melhoria das condições atuais e utilização das áreas recuperadas para outros usos.