Rosário

Cobre -Zinco - Chumbo
Rosário

A EDM detém os direitos de prospeção e pesquisa de depósitos minerais de cobre, chumbo, zinco, prata, ouro e minerais associados, para uma área denominada de Rosário. Esta área situa-se no sector central de uma das províncias metalogenéticas mais importantes do mundo de depósitos de sulfuretos maciços ricos em metais base, que é a Faixa Piritosa Ibérica (FPI).

O contrato de prospeção e pesquisa foi assinado, em 23 de novembro de 2016, com o Estado Português, prevendo-se uma duração mínima de três anos. Esta área situa-se no baixo Alentejo, nos concelhos de Castro Verde, Ourique, Almodôvar e Aljustrel, distrito de Beja. A área de prospecção e pesquisa tem uma orientação geral NW-SE e estende-se ao longo de 202,5 Km2, tendo a SE a mina de Neves Corvo alongando-se até à falha da Messejana, situada no extremo NW. Conhecem-se nesta área inúmeras mineralizações de manganês que pela sua dimensão foram motivo de exploração no passado. Outras pequenas ocorrências minerais de bário, chumbo e cobre também estão identificadas na área. No limite NW da área situa-se a mineralização de sulfuretos maciços do Montinho que foi explorada na primeira metade do século XX.

GEOLOGIA REGIONAL

A FPI é uma das mais importantes províncias metalogenéticas do mundo para jazigos de sulfuretos maciços de metais base associados a rochas vulcânicas e sedimentares, prolongando-se entre Grândola e Sevilha, ao longo de uma faixa com cerca de 250 Km de comprimento e 60 Km de largura, a que equivale uma área de aproximadamente 12.500 Km2.

A área do Rosário localiza-se no setor central da Faixa Piritosa Ibérica (FPI) e abrange grande parte do antiforma do Rosário, onde ocorrem as principais unidades geológicas desta província metalogenética. As principais unidades geológicas presentes no antiforma do Rosário são:

  • Grupo Filito-Quartzítico (PQ), de idade compreendida entre o Givetiano inferior-Fameniano superior, constituído por filitos, siltitos, quartzitos e quartzovaques;
  • Complexo Vulcano-Sedimentar (CVS) de idade Fameniano superior-Viseano superior. Este Complexo é constituído predominantemente por rochas vulcânicas ácidas, básicas e em menor quantidade intermédias, intercaladas numa sucessão sedimentar de composição variada formada principalmente por xistos pelíticos de várias cores, xistos siliciosos, siltitos, jaspes e chertes. A área do Rosário é constituída maioritariamente por rochas do CVS;
  • Sobre o CVS depositaram-se sedimentos turbidíticos de fácies tipo flysch (xistos, grauvaques e alguns conglomerados), com vários quilómetros de espessura que compõem o Grupo do Flysch do Baixo Alentejo (GFBA) representado nesta área pela formação de Mértola de idade Viseano superior-Serpukoviano.

O dobramento Varisco regional deformou esta sequência tendo originado um antiforma de direção NW-SE com eixo a inclinar para SE e vergência para SW. Este dobramento é também responsável pelo desenvolvimento de cavalgamentos com vergência para SW que são responsáveis pela imbricação e empilhamento das unidades geológicas o que leva à repetição da sequência litoestratigráfica.

Trabalhos recentes indicam que a sequência litoestratigráfica presente na área do Rosário é equivalente e correlacionável com a que está identificada na mina de Neves Corvo. Foram reconhecidas no Rosário unidades vulcânicas e xistentas com idade e características semelhantes às que ocorrem na mina e que se associam à mineralização. Foi também identificado um carreamento que se poderá correlacionar com o carreamento de Neves Corvo. Este carreamento assume especial importância pois na mina corresponde ao horizonte abaixo do qual ocorre a mineralização.

Na área do Rosário, junto ao limite NW, situa-se a mineralização de sulfuretos maciços do Montinho que se caracteriza pela ocorrência de várias massas de pequena dimensão e foi explorada na primeira metade do século XX. Próximo do contacto do CVS com a formação de Mértola e no interior do CVS conhecem-se dezenas de ocorrências de manganês hospedadas no horizonte de xistos borra de vinho e jaspes. Muitas destas ocorrências foram exploradas no passado destacando-se as minas de Ferragudo e Filipeja pela sua dimensão. Conhecem-se ainda algumas mineralizações de Bário em falhas tardi variscas que podem ter associadas mineralizações de chumbo. Estas falhas podem também ser portadoras de mineralizações de cobre.

Enquadramento da área do Rosário no contexto geológico-mineiro da Faixa Piritosa Ibérica
ENQUADRAMENTO HISTÓRICO E ESTRATÉGIA FUTURA

Diversas campanhas de prospeção foram efetuadas sobre esta área, tal como se verifica nos sectores da FPI onde o CVS aflora. Nestas campanhas, efetuaram-se levantamentos geológicos regionais bem como levantamentos geofísicos e geoquímicos regionais e de detalhe que definiram diversas anomalias. Foram também realizadas diversas sondagens mecânicas com profundidade variável. Na zona a SE da área do Rosário, foram efetuados levantamentos de sísmica que permitiram definir a estrutura geológica em profundidade.

A reinterpretação da informação disponível à luz dos recentes conhecimentos desenvolvidos para este sector da FPI tendo também em consideração os dados recentes sobre a geologia da mina de Neves Corvo, associada à realização de novos levantamentos geofísicos, bem como a execução de cartografia geológica de detalhe em sectores chave da área permitirão identificar e selecionar alvos para serem investigados através de sondagens mecânicas profundas.

Ocorrências minerais da área e localização de sondagens em fundo geológico
Levantamento magnético na área do Rosário
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