A antiga área mineira de Argozelo foi objeto de duas grandes intervenções de recuperação ambiental que consistiram nas seguintes atividades principais:
- Concretização das ações definidas no âmbito do Protocolo de Cooperação Técnica entre o Ministério das Cidades, Ordenamento do Território e Ambiente, a Câmara Municipal de Vimioso e a ex-EXMIN, a ser financiado pelo POA e o Instituto do Ambiente. Estas ações traduziram-se, essencialmente, na elaboração dos projetos de engenharia e na concretização das obras propriamente ditas, integradas num plano geral de remediação;
- Realização de um furo de sondagem para ligação do tanque de recolha de lixiviados à galeria de Leitarães;
- Construção de uma bacia para precipitação, aproveitando todo o comprimento da galeria de Leitarães. A descarga é feita através de descarregador localizado à boca da galeria;
- Construção de um leito de calcário, entre a boca da galeria e lagoa de macrófitas, para aumento do pH e precipitação dos metais;
- Construção de uma lagoa de macrófitas, escavada na área da escombreira e impermeabilizada. A camada de suporte da lagoa é constituída por Typhas e Juncus;
- Construção de cascata entre o descarregador da lagoa e a ribeira;
- Instalação de uma unidade de tratamento de efluentes de fundo de mina (ETAM).
Estas duas empreitadas foram adjudicadas ao consórcio Jeremias de Macedo & Ca., Lda. / MT3 – Engenharia e Obras, Lda. (escombreiras e património) e à MT3 – Engenharia e Obras, Lda. (ETAM), pelo valor total de 1.723.333,52 € e duração total de 270 dias.
Os investimentos realizados foram co-financiados pelo Programa Operacional do Ambiente (POA) no âmbito do III Quadro Comunitário de Apoio, permitindo resolver os passivos ambientais resultantes da exploração mineira neste local, trazendo benefícios para as populações locais, através da melhoria das condições atuais e utilização das áreas recuperadas para outros usos.