A área de prospeção encontra-se no setor sudoeste da Zona Centro Ibérica junto ao contacto com a Zona de Ossa Morena e pertence à faixa metalogenética estano-volframíticas de Góis-Segura. Esta faixa apresenta uma área de aproximadamente 8.000 Km2 e é conhecida por possuir grandes jazigos que deram origem às minas da Panasqueira (W-Sn-Cu), Argemela (Sn), Segura (W-Sn-Pb) e Góis (W-Sn).
A região de Góis localiza-se na serra da Lousã e é marcada por relevos acentuados dos quais se destacam os Penedos de Góis. Estes relevos são constituídos por cristas quartzíticas de idade Ordovícica que pertencem à Formação do Quartzito Armoricano, e atingem cerca de 1.043 metros de altitude. Os Penedos de Góis são relevos de dureza, bastante alongados com direção N30ºW. Estes relevos encontram-se encaixados em xistos e grauvaques mais antigos, pertencentes ao complexo Xisto Grauváquico do Grupo das Beiras, de idade Neoproterozóica, onde predominam as duas litologias anteriores mas ocorrem também níveis conglomeráticos. O Complexo Xisto Grauváquico encontra-se dividido, nesta região, em três formações, que da base para o topo são: Formação Caneiro, Formação Boque Serpins e Formação do Colmeal.
Para noroeste, o Complexo Xisto Grauváquico é separado de depósitos sedimentares do Cretácico ao Quaternário pela falha de Góis. Esta falha, de direção NE-SW é a principal estrutura da região e apresenta agora movimentação inversa que provoca o cavalgamento do Complexo Xisto Grauváquico mais antigo, sobre as unidades Meso-Cenozóicas mais recentes.
O dobramento na região é bastante bem evidenciado por toda a área, sendo visíveis os anticlinais e sinclinais de direção NW-SE correspondentes à 3ª fase de deformação varisca e clivagem associada. Diversas falhas de direcções dominantes NNE-SSW, N-S e NE-SW ocorrem na área e podem apresentar localmente preenchimentos significativos de quartzo.