A área de Argozelo insere-se na Zona de Galiza Média Trás-os-Montes (ZGMTM – Parautóctone), no bordo sul do Domínio Peritransmontano, na zona de charneira do antiforma Chaves – Miranda do Douro. Este setor compreende rochas de idade Silúrica pertencentes à Formação dos Quartzitos Superiores (quartzitos xistóides e quartzofilitos) e à Formação de Xistos Superiores (xistos cinzentos siliciosos e carbonosos e siltitos), bem como de idade Devónica representadas pela Formação dos Xistos e Grauvaques Culminantes (alternância de pelitos e siltitos milimétricos e quartzovaques). Toda a sequência foi afetada pela orogenia Hercínica através de várias fases de deformação, ocorrendo também durante este período a instalação de corpos granitóides sin- a tari-tectónicos.
As mineralizações associadas a este setor de Argozelo compreendem essencialmente estruturas filoneanas quartzosas com mineralização sulfuretadas e associação de estanho (Sn) e tungsténio (W). Também neste sector se verificam ocorrências de ouro (Au) relacionadas com as fases tardi-variscas (dúctil-frágil a frágil) e que desenvolveram sistemas de fraturas de direcção principal NNE-SSW que controlam a instalação de estruturas filoneanas quartzosas sulfuretadas com possível presença de ouro. Estes alinhamentos são paralelos às grandes falhas Régua-Verín e Vilariça).
Na área de Argozelo, estão identificados diversos estilos de mineralização. Estes distinguem-se em volume, idade, tipo de mineralização, estruturas portadoras de mineralização e processos de mineralização. Geralmente a cassiterite, volframite e scheelite ocorrem numa rede complexa de veios de quartzo sub‑verticais, mas também em brechas hidráulicas, disseminadas em greisen, e, eventualmente, a ocorrência de scheelite disseminada em horizontes calco-silicatados associados a formações do Silúrico.