Localização
Aljustrel (Concelho)
Investimento
10.143.347,66 €
2006 - 2015

Recuperação Ambiental da Área Mineira de Aljustrel

Concluídos

A mina de Aljustrel, ou mais apropriadamente, o “Complexo Mineiro de Aljustrel” que integra as áreas mineiras de Algares, São João e Moinho, e a área metalúrgica de Pedras Brancas, desenvolve-se nas proximidades da vila de Aljustrel, a cerca de 40 Km para WSW da capital de distrito, Beja, em plena peneplanície alentejana. Este Complexo Mineiro encontra-se subdividido em 3 grandes zonas: o complexo mineiro-metalúrgico de Algares, a área mineira de São João e o complexo metalúrgico de Pedras Brancas.

Este complexo mineiro de Aljustrel localiza-se no extremo ocidental da Faixa Piritosa Ibérica (FPI). O conjunto destes depósitos de Aljustrel, contêm essencialmente pirite, esfalerite e calcopirite. São as jazidas de maior dimensão da FPI, com recurso original superior a 200.000.000 toneladas, e com uma produção histórica no último século reportada de cerca de 16.000.000 toneladas.

A reabilitação hidrológico-ambiental das áreas mineiras abandonadas do Alentejo foi realizada em 4 fases e abrangeu as 3 zonas deste complexo mineiro.

A Fase 1A decorreu entre 2006 e 2007 e consistiu nas seguintes atividades principais:

  • Construção do canal de restituição do descarregador de cheias da Barragem de Águas Industriais (BAI);
  • Construção das valas de drenagem perimetral de águas limpas a Norte (L1) e a Nascente (L2).

A Fase 1B decorreu entre 2007 e 2008 e consistiu nas seguintes atividades principais:

  • Remoção de depósitos de pirites e safrões e acondicionamento na antiga corta;
  • Condução a vazadouro dos resíduos industriais e monstros dispersos pela zona;
  • Impermeabilização de base de toda a área de deposição que receberá os materiais nas diferentes fases, e selagem de topo dos depósitos resultantes da movimentação da fase 1B;
  • Construção de sistema de drenagem sub-superficial na área de deposição que irá receber os produtos das escavações nas fases seguintes;
  • Construção de muros de espera e valas de recolha de efluentes lixiviados LX1, LX2 e Lx3, perimetrais ao depósito de safrões existente;
  • Construção da vala de restituição de águas lixiviadas, LX4, a jusante da barragem situada junto às células de cementação;
  • Recuperação de infraestruturas mineiras com valor patrimonial ou arqueológico, tais como, as células de cementação, o corpo de barragem, localizado a montante, e de escórias romanas.

Em 2008, realizou-se a Estabilização da Chaminé da Transtagana, evitando desta forma a completa ruína deste elemento simbólico da atividade mineira.

A Fase 2 decorreu entre 2010 e 2011 e consistiu nas seguintes atividades principais:

  • Construção de um pantanal piloto (wetland) a jusante da BAI;
  • Construção de bacias de concentração-evaporação a sul da corta de Algares e de um canal de arejamento, unindo as bacias de concentração-evaporação com o pantanal piloto;
  • Construção das condutas de alimentação de água limpa e doméstica ao pantanal piloto;
  • Conclusão da vala de recolha de lixiviados, iniciada na fase anterior, por forma a conduzir os caudais captados até à barragem localizada a montante das células de cementação;
  • Construção de uma vala de recolha de lixiviados, com o objectivo de colectar os caudais percolados através da fundação da barragem e de facilitar o escoamento até ao pantanal piloto;
  • Proteção de galerias e poços identificados com interesse arqueológico-mineiro e ambiental;
  • Revestimento e beneficiação da protecção da bacia criada na área mineira de S. João.

A última fase, Fase 3, decorrida entre 2014 e 2015, consistiu nas seguintes atividades principais:

  • Movimentação de terras, limpezas e remoção de resíduos superficiais;
  • Remoção de depósitos dispersos na área mineira de Algares, incluindo o saneamento integral dos depósitos localizados a montante da barragem das células de cementação, nas tolvas e margem esquerda da BAF;
  • Limpeza e reperfilamento dos taludes envolventes ao Malacate;
  • Acondicionamento na corta de Algares dos materiais provenientes do saneamento integral da albufeira da BAF;
  • Saneamento do leito da ribeira, a jusante da barragem
    da Água Forte;
  • Acondicionamento do material proveniente do depósito
    de safrões S4;
  • Impermeabilização parcial, através de sistema multi-camadas
    e recobrimento vegetal da escombreira central;
  • Construção de um sistema de drenagem interno e superficial;
  • Requalificação biofísica e paisagística;
  • Criação de percursos de visitação;
  • Saneamento da galeria e movimentação de terras e acondicionamento;
  • Execução de sustimentos da galeria;
  • Estabilização de taludes;
  • Execução de sistema de drenagem e saneamento da soleira da galeria;
  • Reabilitação de estruturas metálicas, nomeadamente, do Malacate de Vipasca;
  • Execução de outros trabalhos, nomeadamente, a criação de escadas e elevador de acesso à superfície e trabalhos de construção civil.

O investimento realizado no período 2005-2008 foi co-financiado pelo Programa Operacional da Região do Alentejo no âmbito do QCA III

e o do período 2007-2015, pelo Programa Operacional da Valorização do Território no âmbito do QREN, totalizando cerca de 12.000.000 €.

  • Situação inicial do canal da BAI

  • Canal da BAI recuperado

  • Canal da BAI recuperado

  • Aspeto do interior do canal da BAI

  • Chaminé da Transtagana em ruínas

  • Chaminé da Transtagana recuperada

  • Chaminé da Transtagana recuperada

  • Teleira em ruínas (Pedras Brancas)

  • Teleira recuperada

  • Ruínas dos tanques de cementação (Pedras Brancas)

  • Tanques de cementação recuperados

  • Células de cementação (Algares)

  • Recuperação das células de cementação

  • Safrões (gray waste) de Algares

  • Área de safrões recuperada

  • Miradouro de São João

  • Miradouro de São João

  • Bacias de concentração-evaporação

  • Aspeto inicial da galeria

  • Aspeto final da galeria

  • Interior da galeria recuperada

  • Portão de acesso à galeria

  • Placas informativas

  • Vista aérea de Algares

  • Chaminé da Transtagana

  • Vista aérea de Algares

  • Malacate do Poço Vipasca

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